Diario 3 - Substituição forçada

Custáva-nos a acreditar (desculpa Gui por duvidarmos de ti) mas é verdade. A cidade visita-se em 'tarde e meia' e que nos perdoem os Eslovacos, sem grande vontade de regresso.
Substituição forçada nos nosso planos. Para grande tristeza nossa, temos que voltar a Varsóvia e deixar Budapeste para outra altura.
Saimos de Bratislava da mesma forma que entramos. De comboio, perante o mesmo clima de desconfiança e dentro de um cenário de pobreza. Em resposta ao comentário do Lopes na última mensagem: o gosto pela cidade pode ser pessoal mas o ambiente de que falamos esteve bem presente. Não sei o que poderá ter mudado desde a vossa visita ou se simplesmente tivemos azar. Pelo menos estamos de acordo relativamente à noite.
Continuamos a dizer que frases como "Portugal está na cauda da Europa" não fazem tanto sentido depois de aqui estar.

Entramos no comboio. Cena surreal #2. Bilhetes ficam à porta e dirigimo-nos à nossa cabine. Connosco temos um oriental, que não fala nenhuma língua (mas diz 'OK' como ninguém), um Inglês e um Polaco. 3 camas empilhadas de cada lado, de 3 palmos de largura, numa cabine de 8 palmos (para os de letras são 2 palmos entre as camas). O revisor diz-nos (compreensão graças ao Polaco) que a nossa porta deve estar sempre trancada pois há muitos ladrões durante a noite.... Pode ser que o oriental saiba artes marciais. Não há de ser nada.
Vou tentar dormir porque a coluna esquerda do roncar stereo, acho que é o Lucho.